terça-feira, 13 de outubro de 2015

ESTOU DE VOLTA COM O BLOG MALANDRO DE BRANCO , QUE VISA FALAR SOBRE ESTE SER DIVINO E AMIGO QUE É SEU JOSÉ PELINTRA !!

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

quinta-feira, 27 de setembro de 2012


.......TRABALHO DO SEU ZÉ PELINTRA.......


Material de seu uso para esse trabalho:
-Vela preta
-Vela vermelha
-Uma garrafa de Pitu(Cachaça)
-Um pedaço de papel

Como fazer o trabalho
Caso você já saiba quais saõ seus inimigos,escreva seus nomes nopedacinho de papel (3cm . 3cm).
Caso você naõ saiba quem saõ eles, bastará escrever:"TODOS OS MEUS INIMIGOS OCULTOS". pegue avela vermelha e faça outra ponta nela, deixando-a portanto com dois pavios.
Com uma faca afiada, faça uma pequena fenda no meio da vela vermelha, de modo a poder introduzir ali o pedacinho de papel escrito com os nomes dos seus inimigos. Depois que intuduzir o papelzinho, use as asparas da vela para tampar o buraco.
Numa sexta-feira, à meia noite, vá para um encruzilhada e depois de pedir licença à Exu e Ogum, deixe o seu trabalho alí. Acenda a vela preta e depois a vela vermelha, de ambos os lados. Diga depois essas frases:
Exu Zé Pilintra, toma conta dessas pessoas para que elas não me façam nem um mau, e que não me ataque de nem uma maneira. desse momento em diante, seu Zé Pelintra toma conta e presta conta. Eu prometo que se eu for atendido, voltarei com um presente muito melhor.
Saravá seu Zé Pelintra!!!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

ZÉ PILINTRA E A LINHA DE MALANDROS




Os malandros têm como principal característica de identificação, a malandragem, o amor pela noite, pela música, pelo jogo, pela boemia e uma atração pelas mulheres(principalmente pelas prostitutas, mulheres da noite, etc…). Isso quer dizer que em vários lugares de culturas e características regionais completamente diferentes, sempre haverá um malandro. O malandro de Pernambuco, dança côco, xaxado, passa a noite inteira no forró; no Rio de Janeiro ele vive na Lapa, gosta de samba e passa suas noites na gafieira. Atitudes regionais bem diferentes, mas que marcam exatamente a figura do malandro.

No Rio de Janeiro aproximou-se do arquétipo do antigo malandro da Lapa, contado em histórias, músicas e peças de teatro. Alguns quando se manifestam se vestem a caráter. Terno e gravata brancos. Mas a maioria, gosta mesmo é de roupas leves, camisas de seda, e justificam o gosto lembrando que: “a seda, a navalha não corta”. Navalha esta que levavam no bolso, e quando brigavam, jogavam capoeira (rabos-de-arraia, pernadas), às vezes arrancavam os sapatos e prendiam a navalha entre os dedos do pé, visando atingir o inimigo. Bebem de tudo, da Cachaça ao Whisky, fumam na maioria das vezes cigarros, mas utilizam também o charuto. São cordiais, alegres, dançam a maior parte do tempo quando se apresentam, usam chapéus ao estilo Panamá.

Podem se envolver com qualquer tipo de assunto e têm capacidade espiritual bastante elevada para resolvê-los, podem curar, desamarrar, desmanchar, como podem proteger e abrir caminhos. Têm sempre grandes amigos entre os que os vão visitar em suas sessões ou festas.

Existem também as manifestações femininas da malandragem, Maria Navalha é um bom exemplo. Manifesta-se como características semelhantes aos malandros, dança, samba, bebe e fuma da mesma maneira. Apesar do aspecto, demonstram sempre muita feminilidade, são vaidosas, gostam de presentes bonitos, de flores principalmente vermelhas e vestem-se sempre muito bem.

Ainda que tratado muitas vezes como Exu, os Malandros não são Exus. Essa idéia existe porque quando não são homenageados em festas ou sessões particulares, manifestam-se tranqüilamente nas sessões de Exu e parecem um deles. Os Malandros são espíritos em evolução, que após um determinado tempo podem (caso o desejem) se tornarem Exus. Mas, desde o início trabalham dentro da linha dos Exus.

Pode-se notar o apelo popular e a simplicidade das palavras e dos termos com os quais são compostos os pontos e cantigas dessas entidades. Assim é o malandro, simples, amigo, leal, verdadeiro. Se você pensa que pode enganá-lo, ele o desmascara sem a menor cerimônia na frente de todos. Apesar da figura do malandro, do jogador, do arruaceiro, detesta que façam mal ou enganem aos mais fracos. Salve a Malandragem!

Na Umbanda o malandro vem na linha dos Exus, com sua tradicional vestimenta: Calça Branca, sapato branco(ou branco e vermelho), seu terno branco, sua gravata vermelha, seu chapéu branco com uma fita vermelha ou chapéu de palha e finalmente sua bengala.

Gosta muito de ser agradado com presentes, festas, ter sua roupa completa, é muito vaidoso, tem duas características marcantes:

Uma é de ser muito brincalhão, gosta muito de dançar, gosta muito da presença de mulheres, gosta de elogiá-las ,etc…

Outra é ficar mais sério, parado num canto assim como sua imagem, gosta de observar o movimento ao seu redor mas sem perder suas características.

Às vezes muda um pouco, pede uma outra roupa, um terno preto, calças e sapatos também pretos, gravata vermelha e às vezes até cartola. Em alguns terreiros ele usa até uma capa preta.

E outra característica dele é continuar com a mesma roupa da direita, com um sapato de cor diferente, fuma cigarros, cigarilhas ou até charutos, bebe batidas, pinga de coquinho, marafo, conhaque e uísque, rabo-de-galo; é sempre muito brincalhão, extrovertido.

Seu ponto de força é na subida de morros, esquinas, encruzilhadas e até em cemitérios, pois ele trabalha muito com as almas, assim como é de característica na linha dos pretos velhos e exus. Sua imagem costuma ficar na porta de entrada dos terreiros, pois ele também toma conta das portas, das entradas, etc…

É muito conhecido por sua irreverência, suas guias podem ser de vários tipos, desde coquinhos com olho de Exu, até vermelho e preto, vermelho e branco ou preto e branco.


O Zé que conhecemos, foi introduzido na Umbanda a partir do catimbó, culto praticado no Nordeste brasileiro, que se apóia bastante na religião católica, apesar de guardar um pouco das praticas pagãs, vindas da bruxaria européia. Ela pode se parecer um pouco com a Umbanda, mas, tem um pouco com o Candomblé. A semelhança com a Umbanda é devido ao trabalho com entidades incorporadas. Entretanto, os Mestres do Catimbó possuem uma teatralidade de incorporação muito típica e discreta que está longe do "trabalho de palco" umbandista. Neste cenário, Zé Pelintra é um dos mestres desse culto. Poucos sabem, mas o mesmo teve vida na Terra. Nascido em Pernambuco, José Gomes da Silva, como era chamado, ainda jovem foi viver no Rio de Janeiro, onde frequentava a boemia do central bairro da Lapa.

Fez amigos entre a malandragem e bandidagem da época, sendo querido por todos. Perito em jogos de azar (baralho e dados) ganhava de todos os que ousassem desafiá-lo. Exímio no manejo de armas brancas, sempre estava pronto a defender os injustiçados, coisa que ainda faz, hoje em dia, só espiritualmente.


Assim, Zé Pelintra formou uma bela falange de malandros de luz, que vem ajudar aqueles que necessitam. Eles são as entidades amigas e de muito respeito, sendo assim, não aceitamos que pessoas que não respeitam a religião digam que estão incorporadas com seu Zé ou qualquer outro malandro, e façam uso de maconha ou tóxicos. As entidades usam cigarros e charutos, pois a fumaça funciona como defumador astral e não visa. Entre os membros de sua falange, há: Seu Chico Pelintra, Cibamba, Zé da Virada, Zé Camisa Preta, Zé Mineiro, Zé Camisa Vermelha, Zé Camisa Listrada, Malandrinho,Zé da Mata. Malandro da Baixa do Sapateiro, Malandro da Lapa, Malandro do Pelourinho, Malandro da Praia, Malandro da Zona Portuária, entre outros.

Aderiram à Linha das Almas da Umbanda. São Guias luzeiros que são frequentemente encontrados em giras de Exú devido à afinidade com o sub-mundo e também por não haver comumente nos terreiros uma gira a eles dedicado. Zé Pelintra é considerado o "advogado dos pobres" Possui conhecimentos para curas de males físicos e espirituais. Devido a sua extrema simpatia é adorado quando baixa nos terreiros, canalizando para sí a atenção de todos.


Tornou-se chefe da Linha dos Malandros, que compreende espíritos que tiveram vida nos morros cariocas, na boemia da Lapa, nos subúrbios cariocas, baianos e recifenses. Trata-se de um coringa, tanto incorporando na direita como na esquerda. Isto é, Seu Zé pode baixar em qualquer gira, tanto de Exú, como de Preto Velho, Mineiro, Baiano, boiadeiro, marinheiro e caboclo.

Há casos de trançamento, ou cruzamento com esses também, como por exemplo, Zé Baiano, Zé Boiadeiro, entre outros.

São entidades de Luz, carismáticas, e chegam nos terreiros de Umbanda, com seu samba ou capoeira no pé, seu cigarro na boca, chapéu de panamá de lado, com toda a ginga de um malandro. Ao contrário dos Exús que estão nas encruzilhadas, encontramos os malandros em bares, subidas de morros, festas, esquinas e muito mais. 

Salve a Malandragem!
Salve Seu Zé Pelintra!
História de Zé Pilintra.

José dos Anjos, nascido no interior de Pernambuco, era um negro forte e ágil, grande jogador e bebedor, mulherengo e brigão. Manejava uma faca como ninguém, e enfrentá-lo numa briga era o mesmo que assinar o atestado de óbito. Os policiais já sabiam do perigo que ele representava. Dificilmente encaravam-no sózinhos, sempre em grupo e mesmo assim não tinham a certeza de não saírem bastante prejudicados das pendengas em que se envolviam.

Não era mal de coração, muito pelo contrário, era bondoso, principalmente com as mulheres, as quais tratava como rainhas.

Sua vida era a noite. Sua alegria, as cartas, os dadinhos a bebida, a farra, as mulheres e por que não, as brigas. Jogava para ganhar, mas não gostava de enganar os incautos, estes sempre dispensava, mandava embora, mesmo que precisasse dar uns cascudos neles. Mas ao contrário, aos falsos espertos, os que se achavam mais capazes no manuseio das cartas e dos dados, a estes enganava o quanto podia e os considerava os verdadeiros otários. Incentivava-os ao jogo, perdendo de propósito quando as apostas ainda eram baixas e os limpando completamente ao final das partidas. Isso bebendo aguardente, cerveja, vermouth, e outros alcoólicos que aparecessem.

Zé Pilintra no Catimbó.

No Nordeste do Pais, mas precisamente em Recife (na religião que conhecemos como Catimbó), ainda que nas vestes de um malandrão, a figura de Zé Pelintra, tem uma conotação completamente diferente. Lá, ele é doutor, é curador, é Mestre e é muito respeitado. Em poucas reuniões não aparece seu Zé.

O reino espiritual chamado “Jurema”, é o local sagrado onde vivem os Mestres do Catimbó, religião forte do Nordeste, muito aproximada da Umbanda, mas que mantém suas características bem independentes. Na Jurema, Seu Zé, não tem a menor conotação de Exu, a não ser quando a reunião é de esquerda, por que o Mestre tem essa capacidade. Tanto pode vir na direita ou na esquerda. Quando vem na esquerda, não é que venha para praticar o mal, é justamente o contrário, vem revestido desse tipo de energia para poder cortá-la com mais propriedade e assim ajudar mais facilmente aos que vem lhe rogar ajuda.

No Catimbó, Seu Zé usa bengala, que pode ser qualquer cajado, fuma cachimbo e bebe cachaça. Dança côco, Baião e Xaxado, sorri para as mulheres, abençoa a todos, que o abraçam e o chamam de padrinho.

Nomes de Alguns Malandros e Malandras:

Zé Pilintra

Zé Malandro

Zé do Coco

Zé da Luz

Zé de Légua

Zé Moreno

Zé Pereira

Zé Pretinho

Malandrinho

Camisa Listrada

7 Navalhadas

Maria do Cais

Maria Navalha.

ÁREA DE ATUAÇÃO DOS MALANDROS



Linha de Ação e Trabalho dos Malandros.

As entidades que hoje se manifestam nessa “nova” linha de ação e trabalho umbandista, antes chegavam nas giras nas linhas dos Baianos ou dos Exus. Aos poucos, foram sendo aceitos, respeitados e procurados, ganhando linha própria, comandados por Seu Zé Pelintra.

Originaram-se no Catimbó nordestino, com identidade na pajelança xamânica dos índios brasileiros e no catolicismo, na chamada Linha dos Mestres e do culto à Jurema sagrada, bem antes da Umbanda. São o resultado da grande miscigenação cultural e racial brasileira e retratam as populações marginalizadas, desfavorecidas, pobres e sofredoras das periferias do país, tanto rurais quanto urbanas.

O Catimbó se desenvolveu paralelamente à Umbanda, mas ambos se encontraram nos grandes centros urbanos. O termo “Mestre”, usado no Catimbó, vem da feitiçaria européia, principalmente a portuguesa, da qual adotou várias práticas, inclusive o uso do caldeirão e rituais de magia. É fundamental no Catimbó o uso de ervas e raízes, a fidelidade aos dogmas do catolicismo, aos santos, ao terço, à água benta e à reza. O trabalho e a força estão na fumaça e nas ervas. O fumo é especialmente preparado e a magia do trabalho vai pelo ar, no tempo, junto com a fumaça e a bebida.

Em geral, os mestres são espíritos curadores que tiveram mortes trágicas e se “encantaram”. Trabalham para a solução de alguns problemas materiais e amorosos.

As entidades que se manifestam na Linha dos Malandros são um agrupamento de espíritos que viveram suas reencarnações na pobreza e no sofrimento, mas souberam tirar da dor o humor e o jogo de cintura para driblar a miséria e o baixo astral. Por onde passam levam alegria e arrancam sorrisos e gargalhadas, com seu samba no pé, sua ginga e malandragem.

Os malandros do astral não são marginais do além, como muitos supõem. São espíritos amigos, voltados para a prática da caridade espiritual e material. Propagam o respeito ao ser humano, a tolerância religiosa, a humildade, os bons exemplos, o amor ao próximo, o amparo às crianças desamparadas e aos idosos. Combatem as trevas e desmancham feitiços e magias negras.

Em locais de extrema pobreza e ausência de assistência pública e de justiça humana, os malandros estão presentes com sua misericórdia, buscando aliviar o sofrimento e socorrer os necessitados, enxugando as lágrimas dos que sofrem.

Manifestam-se na Linha dos Malandros muitos “Zés”: Zé Pelintra, Zé da Virada, Zé Navalha, Zé Malandrinho, Zé da Faca e outros, como Chico Pelintra, Cibamba, Seu Malandro. São “mandingueiros” do bem e apresentam grande senso de humor em suas manifestações. São entidades da rua, encontrados em bares, festas, subidas de morros etc.

Zé Pelintra é uma entidade urbana, que pode até nada ter a ver com a origem dos mestres, mas é chamado de mestre catimbozeiro, doutor, curador, conselheiro, defensor das mulheres, das crianças e dos pobres, guerreiro da igualdade social, médico dos pobres, advogado dos injustiçados, dono da noite e rei da magia. Tem grande importância nos catimbós e nas macumbas cariocas e é o protetor dos comerciantes, principalmente de bares, lanchonetes, restaurantes e boates.

A saudação para essa linha é: Salve os Malandros! Salve a Malandragem!

Suas cores são o vermelho e o branco ou o preto e o branco. A regência dos malandros é de Pai Ogum e, pelas cores, Pai Omolu.


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Sou Zé Pelintra .

Sou guia, sou corrente, egrégora e proteção. Sou chapéu, sou terno, gravata e anel. Sou sertão, sertanejo, carioca, paulista, alagoano e Brasileiro. Sou Mestre, Malandro, Baiano, Catimbozeiro, Exu e Povo de Rua. Sou faca, facão e navalha. Sou armada, cabeçada e rasteira. Sou Lua cheia, sou noite clara, sou céu aberto.

Sou o suspiro dos oprimidos, sou a fé dos abandonados. Sou o pano que cobre o mendigo, sou o mulato que sobe o morro e o Doutor que desce a favela.

Sou Umbanda, Catimbó e Candomblé. Sou porta aberta e jogo fechado. Sou Angola e sou Regional.

Sou cachimbo, sou piteira, cigarro de palha e fumo de corda. Sou charuto, sou tabaco, sou fumo de ponta, sou brasa nos corações dos esquecidos.

Sou jogo de rua, sou baralho, sou dado e dominó. Sou cachetinha, sou palitinho, sou aposta rápida. Sou truco, sou buraco e carteado.

Sou proteção ao desamparado, sou o corte da demanda e a cura da doença.

Sou a porta do terreiro, sou gira aberta e gira cantada.

Sou ladainha, sou hino, sou ponto, sou samba e dou bamba.

Sou reza forte, sou benzimento, sou passe e transporte.

Sou gingado, sou bailado, sou lenço, sou cravo vermelho e sou rosas brancas.

Sou roda, sou jogo, sou fogo. Sou descarrego, sou pólvora, sou cachaça e sou Jurema.

Sou lágrima, sou sorriso, sou alegria e esperança.

Sou amigo, parceiro e companheiro.

Sou Magia, sou Feitiço, sou Kimbanda e sou demanda.

Sou irmão, sou filho, sou pai, amante e marido. Sou Maria Navalha, Sou Zé Pretinho, sou Tijuco Preto e sou Camisa Preta.

Sou sobrevivência, sou flexibilidade, sou jeito, oportunidade e sabedoria.

Sou escola, sou estudo sou pesquisa e poesia.

Sou o desconhecido, sou o homem de história duvidosa, mas sou a história de muitos homens.

Sou a vida a ser vivida, sou palma a ser batida, sou o verdadeiro jogo da vida:

Eu Sou Zé Pilintra!